Ontologia
O chão do tempo é humano.
Chá alegre,
aroma triste do envelhecer,
cidade dos meus anos
café de minh'alma.
No despertar e no anoitecer,
Rangem vozes de certas saudades.
Mas o futuro é oco
Puro esquecimento.
Minha infância inaudita
adormece em relíquias imagens
onde o esmaecer colore as jias dos meus olhos.