Não importa
Onde você mora
Agora, próximo à eleição
Você ganha a afeição
De tudo que é candidato

Donos de fino tato
Ignorando seus trapos
Com afeto lhe abraçam
Demagogos, disfarçam
A aversão à pobreza
Com destreza e doçura
Lhe tratam pelo nome
Até dão um número
De telefone, que logo
Após o pleito
Apresenta o defeito, de
Não receber chamadas

E como num conto
De fadas, num teatro
Fecham-se as cortinas
Você se recolhe
À sua insignificância
Ao anonimato. E só vai
Reaparecer...
No próximo ATO! Digo

Na próxima campanha

S. Paulo, 24/09/2018

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