ATROCIDADE

ATROCIDADE

Acorda corda, acorda!
Não vê que as almas ingênuas
estão morrendo enforcadas
... Entre, nó e dobras amenas
por sempre pouco, quase nada!

Você que se amarrou aos meios
dos cais dos portos e dos ortos,
nos porões de seus negreiros
nas correntes do mundo inteiro
e docas dos sonhos mortos.

Acorda, corda acorda!
Das forcas e dos pescoços
não vê vã, suas manobras...
Sobre aqueles que estão mortos.

Suas marras e suas amarras
sufocando a liberdade
ajudam apenas as garras
d'aqueles que fazem farras
com suas atrocidades.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 04/02/2019
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