Paixão
Adoro as manhãs negras,
as cortinas fechadas.
Adoro saltar em teus olhos,
sem regador para florir os medos.
Estes medos virarão artigos de museu.
Abriremos todas as manhãs,
Às 7 horas infalivelmente.
E lá,
quando estivermos infestados de pessoas,
quando o sol a pino nos desidratar,
podemos,
rua a rua,
frente a frente,
tocar as sirenes,
para que assim,
velozmente,
a noite possa estelar os nossos encontros.