Amor²

Ele sofria por amar demais,

Bastava uma cordialidade e o amor vinha à mente,

Quem o via, desconfiava do amar,

E fazia o coitado sofrer por sentir.

Via o amor em coisas simples,

No perfume das rosas, num aperto de mãos,

Numa planta - a própria vida -, em coisas acessíveis,

Ele amava, mas as pessoas não o compreendiam, magoavam-no.

De tanto sentir dor, desconfiou do amor,

Encontrou mil razões para desatar de si o sentir,

Mas no jardim havia a beleza de uma flor,

Não era tarde, decidiu partir.

Seguiu com a flor em mãos

Na esperança de forrar o caminho com aroma e pétalas,

Fez-se vento e voou por onde havia guerra,

Plantou a paz, mas permaneceu a sofrer, porque ninguém aprendeu a amar.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 12/01/2019
Reeditado em 12/01/2019
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