POESIA DO VELHO

Quando subi do bom descanso

Deixei para trás, algumas mais,

lembranças de juventude

Emaranhadas no macio de penas

Todas as histórias, ainda verdes

Permanecendo no couro do ser as maduras

Prata humana que já não sai

Fica e fica forte, entre as madeixas dementes

No reflexo do vidro já os vejo

Brilham no ápice da cabeça

Os fios brancos que já não calam

Gritam ao mundo "este já viveu"

Ficam pois já tem história, vida

Já têm força e raízes fortes

Os novos tem mais que cair

Cair ao vento e achar seu lugar

Vinícius de Campos
Enviado por Vinícius de Campos em 10/10/2018
Reeditado em 13/03/2019
Código do texto: T6472777
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.