POESIA DO VELHO
Quando subi do bom descanso
Deixei para trás, algumas mais,
lembranças de juventude
Emaranhadas no macio de penas
Todas as histórias, ainda verdes
Permanecendo no couro do ser as maduras
Prata humana que já não sai
Fica e fica forte, entre as madeixas dementes
No reflexo do vidro já os vejo
Brilham no ápice da cabeça
Os fios brancos que já não calam
Gritam ao mundo "este já viveu"
Ficam pois já tem história, vida
Já têm força e raízes fortes
Os novos tem mais que cair
Cair ao vento e achar seu lugar