nossa embriaguez

NOSSA EMBRIAGUEZ

Não gosto desse sedo, esse acordar
essa dedicação ao meu degredo
trabalhar, trabalhar... E trabalhar.
Não gosto desse segredo esculpido
nas verdades, essas chaves...
Esse livro, dos livros!
Moldação dos reles vivos,
suas chaves e entraves, tanto gancho!
Tudo esta ancho do lado de cá.
Para os de cima, dente por dentes
para os de baixo... Face, outra face
de as mãos sua cara outra cara
se abaixe para te moldar.
Não gosto dessas leis que me obriga
pautas que não fiz, liberdade combalida,
nada é solido ou solidez...
Somos arrastados pela ilusão
vivemos dia por dia, um dia de cada vez.
Amanhã será outra vida, quem sabe,
o que acontece daqui a um mês...
Somos folhas a flutuar sob o vento
e não damos conta da embriaguez.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 16/09/2018
Reeditado em 16/09/2018
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