DESATINO
E assim nasce o Poema,
em Desatino.
Como se fora asco
à Liberdade.
Sendo esta filha dos favores,
da compra do sorriso,
e da Verdade.
Liberdade esta que não quero,
pois nela atrela-se a Igualdade.
Entre Bem e Mal,
entre o Feio e o Belo.
Nesta confraria de prostitutas,
que do Poder fazem o Preço,
Aviso desde já que prostituta
não é palavra Maldita;
é apenas um emprego.
É a Perdição dos Favores,
tão comum nesta nação.
Vendida por dinheiro alheio,
dinheiro do Povo,
este o Grande Cafetão.
NELSON TAVARES