UM DEDINHO DE PROSA

Uma palavrinha que fosse,

Na sala de estar,

ou no portão do quintal.

Ali, na varanda,

Quem sabe à sombra do pessegueiro,

no banco de madeira

Ou com os cotovelos na mesa.

Umazinha só,

Palavrinha que fosse,

Rápida ao pé da janela,

Ou no calor do fogão.

Sob a mangueira,

embaixo do pé de limão

Ou na boca do forno,

Sentindo o perfume do pão,

Saboreando o café

Da tarde.

Uma palavrinha apenas

mataria a saudade,

sossegaria meu coração.

Dalva Molina Mansano

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 24/08/2018
Código do texto: T6429050
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