O meu acordar
Contam-me ínclitos anjos
o honrado desvelo
da guarda celeste
que guarda teu nome.
De olhos pequenos e esfíngicos
que pulsam segredos,
que matam desejos
com o seu mirar.
Nas asas de um sonho fremente,
corcel incandescente,
atroz feiticeiro,
propus-me a voar.
Despertei com a súbita incógnita
que me engasga manhãs,
que não conta teu corpo,
que não fala teu cheiro.
E então, peregrino;
sigo pela tua imagem,
desbravo ouvindo teu canto,
sorrio ao ver os teus olhos,
e me perco em tua redenção.