Para os fiscais de útero
Para os fiscais de útero,
De boceta e de cu:
Meu desejo reina absoluto
Por favor, vão se fu!
Meu corpo não é produto
Pra comprar, querer decidir
Desejos não serão ocultos
Ora, não me façam rir!
Se eu quiser eu chupo,
Quico, surto e repito
"Nossa, que absurdo!"
Meu corpo eu que decido
Esse rosto eu não cubro
Passo glitter carmesim
Nem calo ou me curvo
Isso não terão de mim!
Quanto maior o insulto
Em plena praça da cidade
Mais eu cresço e subo
Rumo à minha liberdade!
Não adianta o surto
Sou "puto!", "sodomita!", "ateu!"
Vão me malzider lá no culto
Aqui quem manda sou eu!