Cronos, deus da farsa
Cronos apavora
Não retribui com liberdade
A liberdade que o libertou
Consome tão genuína vivacidade
Em seus ciclos a acorrentou
Cronos devora
os filhos que não querem ser seus
Junto à força que não tem
O reino que nunca lhe pertenceu
E a harmonia que sempre temeu
Cronos devora
sem degustar a sua própria alegria
Abriu mão da prole por sua ambição
Regendo sua farsa sem ver seu dia
O poder que tanto guarda
é mera ilusão
[Agradeço ao poeta Lusca Luiz que sugeriu este tema!]