DIA VAZIO

N'um dia vazio...
O poeta,com sua sacola de curiosidade
pegou umas paginas em branco
e saiu pelos trilhos do horizonte,
vales cidades e pelos montes
e foi parar na beira de um rio.

Estava frio
e a piaba pulou...
Nesse ínterim, o poeta viu
a cambalhota do lambari
n'um ato integro do amor.

Viu as águas expandir no ar,
os montes e o arco-íris
n'aquele instante, pareciam falar...
O poeta com as paginas em branco
e começou a rascunhar.

Rabiscou... Amor e felicidade
as cores sobre o céu colorido
poluentes de uma grande cidade
o adeus moendo saudade...
Moleques fáceis e atrevidos.

Escreveu as pipas no ar
com trejeitos de inocente
as cordas a infância o pular
o sorriso e o gargalhar,
ingênuo alegremente.

Os ventos pelo quintal
o beijo e as malditas moedas
a infâmia cara de pau
folhas verdes beldroega
as línguas de quem entrega.

As macegas das verdade
o gume cego da justiça
o bem e a reciprocidade
na vista de quem não avista.

Escreveu sobre os pássaros
voando livre sob o ar
borboletas no bate, bate
asas que não podem planar.

O poeta escreveu amor
peito arfando paixão
frio chama, centelha calor
as lagrimas choro e a dor
poeira, chuva sobre o chão.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 27/06/2018
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