CHEIRO

Homem perdido no jardim

As flores não são para mim

Eu caí por ser o mais sóbrio

E carregar o mundo

Em meus ombros

O dia mais claro que ontem

A chuva já passou, já passou

A janta foi sopa de indignação

Por carregar o mundo

Dentro do embornal

Cheiro de desesperança exala

E a vaidade do corpo se cala

A alma roga por alguma atenção

E segue carregando o mundo

No pouco fundo de razão

A sorte é uma agulha no palheiro

Foi vendida por qualquer dinheiro

Grita longe onde eu não posso ir

Pois estou carregando o mundo

E ficando a cada dia mais corcunda

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 17/06/2018
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