Sobre a necessidade

Quando bate o esquecimento

E podemos viver no apelo

Um tempo confortável

Devastador depois será o momento

Da lembrança.

O amor é um armazém de café vazio

E a necessidade, um cruel senhor de engenho

Em que nós, escravos dela

Somos obrigados a encher

A correntes e a lapadas

Mesmo aquele que se sinta livre

Não o é, vamos sempre ser

Escravos, da necessidade.

Já me habituei em ninguém me querer inteiro

Nem tão pouco em pedaços

Mas dá para conter a necessidade

Dá para viver com a solidão...

Eu acho...

Talvez...não sei...

Eu tento...

Ao ponto em que penso

Ao ponto em que falho.