Ah!

Ano que vem...

anos se vão...

dias que tecem proteções...

estações de partidas...

se espera...

se vão...

outros tons...

canto degrade...

anoitece...

a madrugada gira em dia...

dias inteiros preguiçosos...

adormecem as horas, e balança os minutos que ninam...

e o nada desperta sem pressa...

aonde a sombra escorrega lentamente e se clareia...

mudando de lado a luz desliza na escuridão...

e o dia cresce...

acordando e acordando...

num acordo lento, num giro compacto...

suas mãos acariciam cada espera...

cada pressa de vencê-lo...

e ao menos se espera...

e o mais acalenta sua real aparência...

cansa,

ah!

Diminuta espera...

um olhar nas alterações do tempo sobre o colo de tudo...

teus lábios nos meus...

parados no tempo...

nosso...

o tempo abraça e faz de nós seu colo...

e gira...

num tempo de beijos e abraços...

somos sombras e luzes...

giros e rodopios...

deste tempo e seu amor...

fazemos passos pensantes...

neste singular jardim...

de vida sem fim...

meu ramalhete...

teu vasinho...

plantados nestes...

campos dos tempos...

e florescem...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 06/06/2018
Código do texto: T6356955
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