RETALHOS DO SERTÃO

Na extensa paisagem.

O gado morrendo ao léu.

Essa gente de coragem.

Chamada de retirante.

Chorando pedindo ao céu.

Sob o intenso clarão.

Tão rico e tão belo.

Na imagem do velho Sertão.

O galho jaz contorcido.

Desse povo tão sofrido.

Retalhado pelo chão.

Contrasta na Região.

Esperando a chuva cair;

Para arar a plantação.

Na Caatinga tão maltratada.

Esse povo sofredor.

Sofre a dura realidade:

Pela fome e pela seca;

Pelas águas de sua dor;

Pela intensa estiagem.

No rosto as marcas deixadas

Na imagem do guerreiro .

Rogando ao Salvador.

Pelo Nordeste brasileiro.

Que caia chuva no chão.

Da morte que na terra impera.

E mude a seca pastagem.

Dessa sofrida Região.

Cresça a verde folhagem.

Pra matar a fome do povo.

Engordar o gado sagrado.

Neste período tão esperado.

E mude o santo destino.

Desse povo nordestino.

Bruno Down
Enviado por Bruno Down em 02/06/2018
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