CÁCERES DA SAUDADE

A saudade cárcereira
que instigou minha paixão
atiça os sonhos como feira
esse cubículo é uma asneira
apedrejando meu coração.

Cavalga sobre a vontade
arco e flecha, meu avexo
trepida o amanhecer
sem direito ao espairecer
do segredo e do confesso.

A saudade enclausurada
fisga-me em quatro paredes
no meu peito ela faz cáceres
do sonhos uma ampla rede
do meu futuro, grande cede.

Estou dentro, estou fora
desse mundo emparedado
viajando por todas as horas
esse quadro me apavora
pelo amor teleportado.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 02/06/2018
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