Pelo caminho...
Chega de taxas e impostos altos
O mundo precisa saber
Porque tem que ser os políticos mais caros
Que qualidade de vida se pode ter?
A miséria se alastra pelo país
Migalhas não suprem necessidades
Quanto mais a educação e o laser
Falta a saúde em toda idade
Crianças pelos bairros circulam
Sem horizonte, sem norte
Sem brilho nos olhos, sem pão
Carentes de amor e viver é sorte
Lá vai o menino na estrada
Desistiu de tanto esperar
Vai de encontro a esperança
Mas está cansado de buscar
Deixa para trás suas lembranças
De um lar que não mais existe
Leva a dor da insegurança
Nos olhos o medo que insiste
Quer encontrar um lugar
Onde possa existir um abrigo
Ver ao longe o mar
Avista ao longe um mendigo
Pede um pedaço de pão
Recebe uma bolacha
Vê um cobertor na mão
Que o bom Mendigo lhe dera
Então seguiram o caminho
Quando o dia amanheceu
Aquele homem era carinho
E ali um pai nasceu
Nasceu um filho querido
Um pai que logo chorou
Emocionado lhe disse
Filho, filho, isso foi o que me restou
Agora tenho você
E juntos enfrentaremos
Todas as dificuldades
E o pão dividiremos
Olha filho não tenha raiva
Eles são como crianças
Não entendem a navalha
Que corta nossa garganta
A vida deles é corrida
É trabalho e internet
As vezes eles nos olham
Nos dão sopa e pão e omelete
Talvez se fossemos na vida
Como eles que vivem assim
Com tanta conta para pagar
A ansiedade seria o estopim
Não olharíamos ao lado
Para ver os como nós
Assim não existe culpado
Nem vítima ou algoz
É certo que podemos
Seguir com esperança
Agradecer o que recebemos
Que se cresça a bonança!