Poema farsante

Deixe-me calado,

não vale dizer o que não se é escutado.

Esqueceu meu nome

Meu sobrenome

Espera lealdade?

Todos somos felizes

nas luas novas e

nas travessias dos dias nublados.

Não digo, a palavra em mim

é fenda,

tem o poder de afrouxar seus parafusos

e não te desejo ainda mais confusão.

Do lado de cá sinto seu desprezo,

mas ele me conduz a não

ter apego em coisas banais.

Meu nome não vale,

deixe-o obscuro como os corvos da quaresma,

o que importa se a água não mata a sede?

Desculpa é para os fracos, cumpra sua ofensa por detrás da personagem,

amanhã já é outro sol,

eu me curo enquanto os cães ladram...

Vejo uma flor branca,

ela me espanta de pavor,

do resto, é banal tanta controvérsia

quando digo que tudo não passou de maldade.

Marcus Vinicius