Velho Coração... livro sentidos

A paz me faz perder

A noção do tempo.

Os domingos são como sextas-feiras

Independente dos acontecimentos.

As montanhas estão tão

Perto de minhas janelas.

E a saudade me lembra

A todo instante o nome dela.

Escuto chamar meu nome no portão. Doce ilusão...

Imagino sua elegante silhueta pelos cômodos da casa

Iluminando o quarto com o brilho de seus olhos feito como a um clarão.

Mas são apenas ilusões de ótica provocada por minha solidão.

Você não quer ficar comigo...

Ainda é cedo para esses sentimentos...

Porém, como resistir aos seus encantos,

Se você figura em meus pensamentos quando me deito ou levanto?

Quem irá acreditar neste velho coração?

Um velho coração cansado de dissabores e ilusões.

Um velho coração que ainda não descartou os sonhos.

Que não se deixou derrotar pela escuridão.

Com a insistência de um alento,

Delicado como o vento,

Este velho coração suspira

Por você como seu único passatempo.

Renato Galvão
Enviado por Renato Galvão em 11/04/2018
Reeditado em 10/07/2018
Código do texto: T6306011
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