MIL MÂOS

MIL MÃOS

Cai a tarde e o crepúsculo, surge
tangendo o sol. Nisso, a noite repousa
sobre a fadiga do dia, e a escuridão
assume as cores que permeia as dádivas
da luz. Então vem a noite...
Vem a noite e eu adormeço em meus
sonhos, para em meio ao despertar...
Eu ser tomado pelo ímpeto dos meus
pesadelos. Os quais sobressaltam meus
medos, medos são eles que me levam a
manquitolar pelos sentimentos da vida,
tomando-me de sobressalto e povoando
o meu destino como se eu estivesse,
distante da multidão. E por mais que eu
pertença e esteja em meio a massa, eu
me sinto só... Me sinto só diante da
escuridão. Eu até tento ser um ser,
aglomerado, como tal qual eu sou, mas
interno da minha solidão eu vivo
tentando povoar-me, ao mesmo tempo
em que me sinto arrastado como se
a solidão tivesse mil, mãos.
Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 18/03/2018
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