mARGENS da Quimio.

As margens dos teus

(supostos)

Cabelos.

Partes essenciais dos limites

de tantas capilares memórias...

Novelas, de novelos,

que me tocam,

que me revelam.

Fímbrias que se retorcem,

em novos novelos.

Cada vez mais indistintos,

mais disfarçados em tantos cabelos.

Cabelos que se desfazem,

que se perdem,

na lua cheia.

Mas, volta e meia,

na luz da Lua se insinuam.

Em indistintas, luminosas madeixas,

fachos fugidios de luz pura,

escapando pelos próprios meandros,

do próprio relevo da Lua.

Lua Nua, sem teus cabelos,

sem as queixas e as medeixas

de quem produz seu próprio luar!Lua Nua,

sem quaisquer cabelos,

pura,

nua,

lua,

satélite que tu

defines!