O Homem e seus Três pontos...
Um homem e seus três pontos...
Ansiando boas novas
De feitos que não são prontos
De vidas que não são trovas
Cantando interrogações
E nelas se fez romeiro
Preso em suas convicções
Luxo, o próprio cativeiro
Não bastou própria clausura
Nela formulou suas crenças
Pra fugir da vil luxúria
Vírus, tão comum, doença...
Leis que a crença precedeu
Sentido em ser e estar
Esquivando do servil
Direito de não pensar
Sem perder a dignidade
Nem a alheia usurpar
Quer leveza em sua verdade
Não quer tanto se cobrar
E sem ser inconsequente
Pra fazer não quer razão
Nunca fora paciente
No após a compreensão
Contemplou o horizonte
Mesmo estando de passagem
Como se findasse a fonte!
Deleitou-se com a paisagem
O fez por seguidas vezes
Dias se tornaram semanas
La se foram alguns meses
Até chegar o enfado... Raça humana...
Contrariando o próprio senso
Contemplar não lhe bastava
Ao adverso foi propenso
Guerra alguma lhe faltava
Foi pluma no entardecer
Vento não robou-lhe o brio
Incapaz de esquecer
Quer da paz o equilíbrio
Tem a vista do poente
Acentuação nos contos
Parcimônia a lei vigente
E é claro, os três pontos...
Samuka Souza