Amor, amores...

Não foram muitos amores

Mais em poucos fui eu pleno

Intensos foram sabores

Até o fim, lenço e aceno

Não atoa são memórias

Cada qual cedeu-me o verso

Hoje em atual história

Devaneios em teu inverso

E se o tempo regredisse?

Em contrariedade à vida

Já saber o que te disse

Antes que a frase diga...

Amar sem nem conhecer

Ver sem nem viver a vida

Tudo pro fim não doer

Quando houver a despedida

Paixões como poesia

Como a inspiração se vão

São contos e fantasias

Eternos jamais serão

Não proseiam sem falar

Demandam muito esforço

Não sentem se não tocar

Do amor é mero esboço

No peito é descompasso

Não existe sincronia

Não caminham num só passo

Como cede se sacia...

Eu, ranzinza em meia idade!

Achando que muito viveu

Já vivi amor em metade

Gêmeo daqui se perdeu...

O amor do qual vos falo

Se quer tem razão de ser

Ecoa em mero estalo

Ao queimar pode doer

O amor de uma vida

Não envelhece em teu retrato

Emoção sempre contida

Mesmo ao doer sou grato...

Samuka Souza

Samuka Souza
Enviado por Samuka Souza em 09/01/2018
Código do texto: T6221632
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