Boiando

Assim como esqueci o francês e espanhol,

E do trauma que me fez esquecer andar de bike,

Eu já nem sei mais o que o coração sente,

E quando sei, as vezes finjo e me calo;

Esqueci das fases da literatura brasileira,

Só não esqueci de como escrever meus sentimentos,

São todos tão puros que eu só posso escrever,

O corpo ainda não entende, escrevo para me orientar;

Minhas camadas podem mudar e serem moldadas,

Mas eu sou aquela mesma nascente do rio,

Com vários afluentes e caminhos a escorrer,

Contudo ainda brotando do mesmo coração;

Ainda tem dias que não sei separar o que sou,

Todos expandindo e eu mais dentro de mim,

Me sentindo tão sozinho, entendiado e falido,

Fico escrevendo poemas e os amigos no serviço;

Estou boiando sem direção a seguir,

Caminhos óbvios não parecem tão fáceis mais,

Medos se materializam em forma de dor e pânico,

Estou boiando, ainda não me afoguei;

(Data: 03 de Dezembro de 2017)

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