Possessão

Por agora não poeta

A poesia se arrasta

O peito não se afeta

Em repulsa se afasta

Quase um inconveniente

Fraca em minha veia pulsa

Quase que morta semente

Nem máscara, nem carapuça

Sendo eu ela me nega

Sendo eu também a nego

Cada qual tão só navega

Quando inabalável ego

Não eu sendo ela me vem

Toma minha mãe com força

Meu corpo é teu refém

Pede que não me retorça

Queira se deixar levar

Onde só não sei eu ir

Sem que venha me guiar

Quase a me perseguir

Queira vir acalantar

Mesmo que ao repetir

Queira eu lhe abraçar

Simplesmente a ti sorrir

Venha dom sou teu lugar

Tome o corpo em rima e verso

Justos num só navegar

Nunca seja em fim, inverso...

Por: Samuka Souza

Samuka Souza
Enviado por Samuka Souza em 22/11/2017
Código do texto: T6178820
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