Possessão
Por agora não poeta
A poesia se arrasta
O peito não se afeta
Em repulsa se afasta
Quase um inconveniente
Fraca em minha veia pulsa
Quase que morta semente
Nem máscara, nem carapuça
Sendo eu ela me nega
Sendo eu também a nego
Cada qual tão só navega
Quando inabalável ego
Não eu sendo ela me vem
Toma minha mãe com força
Meu corpo é teu refém
Pede que não me retorça
Queira se deixar levar
Onde só não sei eu ir
Sem que venha me guiar
Quase a me perseguir
Queira vir acalantar
Mesmo que ao repetir
Queira eu lhe abraçar
Simplesmente a ti sorrir
Venha dom sou teu lugar
Tome o corpo em rima e verso
Justos num só navegar
Nunca seja em fim, inverso...
Por: Samuka Souza