Sinto a beleza desta vida,
Da casinha de sapê onde amor,
Olhou para mim docemente,
Na simplicidade de um olhar.
Tudo era de uma alegria sem par,
Cuja alegria de um aperto de mão,
Fazia o coração voar na inocência.
Tudo era simples,
E até mesmo os passarinhos,
Não tinham medo de cantar,
O canto alegre das manhãs.
A comida farta do trabalho duro,
cozida num fogão a lenha,
Feita com amor,
O melhor dos temperos.
Ao cair da noite,
Em volta de uma fogueira,
o velho pai cheio de sabedoria,
De mãos calejadas,
E pés descalços,
Contava causos e mais causos.
As estrelas brilhavam,
E nos fazia sonhar,
Com a fé mais pura.
As flores multicores,
Se misturavam ao céu,
No belo amanhecer,
Visto pela janela da casa de chão batido,
E o latido do cão,
Correndo pela casa cheio de alegria.
Ainda sinto cheiro,
Da melhor comida do mundo,
Que o tempo levou,
Deixando na memória,
O jeito cândido de ver o mundo,
Debaixo da velha árvore,
Que tanto me ouviu.

 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 21/11/2017
Reeditado em 23/11/2017
Código do texto: T6178514
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