MINHA CASA
Somos quarto e sala,
Tão pequena mais aconchegante,
Mais tão grande pra minha solidão.
Cerâmica verde-musgo,
Como quadros de pintores abstratos,
São paredes nuas e cruas,
Sem quadros, nem retratos.
Ela me acolhe,
Eu a olho com olhos abissais,
Faço delas meus natais.
Sou feliz?
Quem sabe minha paz,
Responde pelo que ela me faz.
Na verdade elas caminham juntas,
O que faz da minha casa,
O meu abrigo e refúgio,
Pra onde me furto e fujo,
Das minhas frustrações,
Para minhas inspirações,
E o poeta solitário cria,
E faz dela sua poesia.