MINHA CASA

Somos quarto e sala,

Tão pequena mais aconchegante,

Mais tão grande pra minha solidão.

Cerâmica verde-musgo,

Como quadros de pintores abstratos,

São paredes nuas e cruas,

Sem quadros, nem retratos.

Ela me acolhe,

Eu a olho com olhos abissais,

Faço delas meus natais.

Sou feliz?

Quem sabe minha paz,

Responde pelo que ela me faz.

Na verdade elas caminham juntas,

O que faz da minha casa,

O meu abrigo e refúgio,

Pra onde me furto e fujo,

Das minhas frustrações,

Para minhas inspirações,

E o poeta solitário cria,

E faz dela sua poesia.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 16/11/2017
Reeditado em 16/11/2017
Código do texto: T6173414
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