E Se O Meu Poema Falasse?

E se o meu poema falasse?

seria isento de falácias

e imerso em paradoxos,

seria o prelúdio do verbo

e o poslúdio do monólogo,

seria a inquietação constante

do verbo metamorfosear,

seria a quietude incessante

do verbo devanear.

E se o meu poema falasse?

seria a voz solitária e incansável

a gritar na praça vazia de homens e de ideais,

seria a subversidade intensa

a perturbar com veemência os ouvidos dos tolos,

seria a voz da consciência quebrando os paradigmas

de um pós-moderno submerso em senhas e simulacros,

seria a última fagulha de esperança tardia

sobre um mundo precoce de sonhos.

Giovani Ribeiro Alves
Enviado por Giovani Ribeiro Alves em 16/11/2017
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