O teu retrato

O teu retrato

Ainda guardo o teu retrato

O tempo amarelou a tua imagem

Também pudera era em preto e branco

Que você tirou no jardim da catedral

Alimentando as pombas e pardais

A moldura quebrou, mas o que importa?

Bons tempos, o tempo em que

Um singelo ato de brincar com pássaros

Criou no teu rosto de moça simples

Um sorriso feliz, posto espontâneo

Que me deixou apaixonado por você

Ainda guardo o teu retrato

É a forma de ter você por perto

De beijar-lhe o rosto, dizer o quanto a amo

Sussurrando baixo, bem baixinho

No quarto quase escuro

Por que paredes tem ouvido

Que escutam além dos muros

Ainda guardo o teu retrato

Que roubei do fotografo lambe-lambe

Não sei o teu nome

Nem quem és tampouco

Se alguém descobrir esse meu amor

Dirá que sou inocente ou louco

Sebastião Generoso
Enviado por Sebastião Generoso em 11/11/2017
Código do texto: T6168920
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