Era uma vez uma ave nativa

Era uma vez uma ave nativa

Que veio ao mundo por engano

Não se adaptou à dura vida

E morreu no ambiente urbano

Levantou-se e a lentos passos

Recaiu nos caminhos tortos

Imóvel, com os pés descalços

Viu, na areia, o rastro dos mortos

Ela percebeu que, no fundo

As horas corriam mais lentas

Pensou ter voltado ao mundo

Mas era início do fim dos tempos