INFINITO TINO

No dia de finados, afinei as lagrimas

para molhar o chão do passado e andei,

montado nos sentimentos dos meus

cacos encilhados, eu...

Chorei de saudade e viajei no tempo

salpicando o ar dos momentos.

No dia de finados...

Eu vi as flores, arrancadas dos seus braços

largada sob a ira do sol, para satisfazer

o enfado do cansaço...

Vi os jardins chorarem suas felicidades

e os ventos soprarem o sopro oco, dos

seus amores.

No dia de finados... Eu vi a duvida,

aflorando seus medos, seus credos, e seus

sonhos de horrores... Vi as lambanças

mística, revivendo o ato do seu assassino...

Eu vi o findo, cantando o hino...

No fino infinito do seu tino.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 02/11/2017
Reeditado em 04/11/2017
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