era uma presença estranha...
Era uma estranha presença... nula e fria,
como os ecos de uma caverna vazia
sem sombras.
na noite que trazia uma brisa pura
e eu procurava algo desconhecido, sem forma,
que naquela altura
não consegui descrever numa só palavra,
a pagina cruel do livro já não virava,
forçava,
repetia o mesmo cenário, instante a instante,
incompleto, insólito, delirante...
era uma vontade de tomar champanhe num segunda feira
ou de acordar disposto, sem eira nem beira,
num domingo,
pra admirar o céu, o campo... o prado
era uma vontade de inverter tudo
onde o errado seria o certo... e o certo, por vez, seria o errado
algo sublime, soturno, escondido
deixava apenas um... apenas um cheiro?
(algo sem sentido)
..... algo inerente.....
não para se perceber, não (obviamente!)
mas para se dizer apenas: "eu estou aqui"
.................... algum egoísta (novembro/17)