Elucubrações de péssimos hábitos
Estive observando o sol nascer.
Sua luz monótona, que repete à minha pele a vagueza de sentir.
Por sobre pedras, janelas e apartamentos, eu miro a lucidez de um mundo vasto, e sinto a torpeza de um amor oceânico.
Deitei e era claro, sonhei ainda cedo, tentei e já era tarde.
Estive observando a lua dormir.
Com seu manto extenso, tenro, que nutre em meus olhos a beleza de olhar.
Por entre veredas escarpadas e espinhos de toda ordem, eu caminho ferindo as almas que estenderam-me suas almas, amargando o remorso de as machucar.
Acordei e era tarde; vivi alheio ao mundo.
Amei ardente e profundo.