A ESPERA

O dia já nasce curto,

As vezes o sol dá as caras,

No geral já me sinto cansado,

Exausto, a noite foi longa, não dormi,

E que me falta é a tua presença.

Estou fadigado dessa espera, infinita,

E isso gera ansiedade,

Peço clemência por mim mesmo.

Porque disse que vinha?

Olho pela janela afoito,

Na esperança de vê-la atravessando a rua,

As vezes penso que estou enlouquecendo,

Isso me deixa eufórico, paranoico.

Mais a tarde já não me espera,

Ando em volta, sinto-me tonto,

Pareço percorrer uma maratona.

A minha ânsia de vê-la parece não ter limites,

E eu no meu limite,

Vendo a noite chegar,

Me espanto de minha própria arrogância,

De tê-la em meus braços,

Quem sabe a noite acalme meus demônios,

E minhas alucinações,

Pois que o pranto seja a dor,

E a dor é o desassossego,

De uma enlouquecida espera de amor.

Volto pra cama, pra minha desilusão ou ilusão,

De que o amanhã seja meu afortunado dia,

E quem sabe não me sinta mais abandonado.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 01/10/2017
Reeditado em 01/10/2017
Código do texto: T6130061
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