Golem
Esperei por teus versos ante a multidão sem cânticos.
Habilitei minha essência à inércia de teu corpo adstrito -
Deus por testemunha.
Fiz convenção e rabisquei teu nome
para Ganímedes desabilitar a harpia.
Não pude, não contive a possibilidade de contigo uma esperança abjeta.
(Deus por testemunha!)
E estive disperso - relapso.
Quase passam por mim tuas sovas e afinal trinchei metafísicas ao espírito.
Dormitei esperanças pelo vago-mundo
e não vi o nome-catarse com que à beira desse precipício te empurram vida.
Selecionei o mistério e aprofundei-me aos goles por Crowleys e Vaughans.
Não achei mais que um punhado de panteísmo insincero.
Por fim, ah por fim! - uma nota de pesar pelas esperanças comprometidas.
Sendo o esquisito de São Petersburgo, confino ao peito uma prece e rogo pelo homem que foste, pelo homem que és -
e interponho refúgio ao carinho impromesso.