O BRASIL ...
É a chuva que cai em terra seca.
É Amor que vai e sem pressa regressa.
É Cor de um mundo inteiro.
É Sono de outro mundo inteiro.
É o cheiro bom do calor suave em noites confortáveis.
É ironizar o sobe e desce sem gritar vita detestabilis.
É prosa de horas e saudade em caminhos paralelos.
É a raiva arrancando os cabelos.
É o coração calmo dando ninho a um benzinho,
Um carinho, um ronrrono, um estorvinho.
É alma pairando em baia de brisa mansa.
É a gratidão inconsciente por ter o lume das estrelas e as sombras dos cantinhos atentando os desejos.
É em cada fevereiro, carne crua em demasia
Em outros agostos é água vestida de agonia.
É a carência de uma rede atada entre as mangueiras do quintal, sempre em vai e vem, arrefecendo a pele dos pés e os calos da alma.
É correr de mãos dadas em dias com ar de casamento de viúva.
É inventar graça em brincar com barquinhos de papel nas tardes de sol e chuva.
É abrir os olhos e ignorar o peso da cancela.
É fechar a mão direita e caminhar pela esquerda.