Rasura

Escrito à mão pelo duvidoso destino

Guardado na inocência de menino

Requerido toda vez para lembrar

Da memória sem papel formalizar

O menino vira homem um dia

Percebendo mais que mera alegria

Que escrever na vida é arriscado

Que fazer com coração rasurado?

Sentimento como folha em branco

De momento sobra o solavanco

No quadro negro da obscura vida

Das negras, densas, fortes, feridas

Não era raso o imprudente querer

Nem era o caso deixar escrever

Tão pouco era, assumir rabiscar

Em autêntico modo ter que apagar

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 28/08/2017
Reeditado em 28/08/2017
Código do texto: T6097441
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