Da janela de um ônibus
Da janela de um ônibus vejo o mundo passar,
Tanta coisa pra conhecer,
Tanta coisa pra amar.
Da janela do ônibus
Vejo pessoas a sorrir,
Vejo-as a chorar,
Encontro-as chegando
E também a partir.
Daqui vejo um mundo perdido
Apresado e preso a um relógio,
Todos estão cegos
E não enxergam um mundo escondido.
Sentado aqui vejo dois rios
Despercebidos pelas pessoas a passar,
Um chamam igarapé grande
O outro rio Guamá.
Admira-me a beleza
De passar por rios e igarapés
Árvores e pássaros,
E apreciar toda essa natureza.
Daqui também vejo casas,
Umas simples e outras bem ornamentadas.
Mas o que importa
É ver por essas casas,
O amor entrando e saindo por suas portas.
É tudo belo,
Tudo majestoso.
Mas que isso,
É poder admirar da janela do ônibus
Este mundo maravilhoso.
Quanta beleza se pode ver.
Se de vez em quando
Olhássemos da janela de nossa vida
A beleza que se ver
Pela janela de um ônibus
Que apenas está de passagem.