Sertão: mesma raiz, novas folhagens

Meu sertão, minha caatinga

É "bunito" de se vê

Lindo "mermo" é a fé do povo

E a alegria de viver

A fé de que, não demora

Deus há de fazer chover

Transformando cinza em verde

Fazendo "tudin" florescer

A terra então dará frutos

A vida vai "miorá"

E na mesa do nordestino

Alimento não mais "fartará"

Antes nosso povo saía

Ia lá pra "capitár"

A procura de um "trabai"

"Mió" do que o "locár"

Mas hoje em dia mudou

Não precisa mais sair

Se vem seca "nóis" enfrenta

Mas continuamos aqui!

Até a "mudernidade"

Aqui chegou foi com tudo

O povo "num carece" de sair

Nem pra buscar ter estudo

Aqui tá "chei" de faculdade

Pra nos encher de conteúdo

E tem nordestino "dotô"

Engenheiro, advogado

Nutricionista, professor

Contador, empresário

Não posso esquecer de "dizê"

Que aqui tem muitos "artista"

Não vou nem citar os nome

Porque é grande a lista

Mas "mermo" correndo o mundo

Quem vive aqui nunca esquece

Da alegria, do amor

Do calor que nos aquece

Viva ao nosso sertão

Terra boa de viver

Quem ainda não conhece

Eu convido a conhecer.