Veneno

O gosto amargo da amargura da vida

As relações e os fardos que nos abrem ferida

A corrida, a lida, a vinda e ida, a saída!

Ah! A saída! Essa que nos parece utopia

Que se almeja alcançar algum dia.

O gosto amargo da amargura do amor

As relações e encargos que nos enchem de dor

O horror, o odor, o espinho e a flor e qualquer desamor!

Ah! Opor! Quem nos dera fosse fácil assim

Ser contrário às opiniões por um fim.

Quem me dera!

Engolir os sapos venenosos dos nãos

Digerir as perdas que nos escapam às mãos

Discernir os tempos dos quais temos menos

E viver antes de morrer pelos próprios venenos.

Quem nos dera!

Quem nos dará?

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 18/08/2017
Código do texto: T6087700
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.