Ser Criança

Brincando de faz de conta

Ponta-pé da brincadeira

Um cavalo que se monta

Faz da tarde passageira

Bom mesmo é ser criança

Faz de conta que eu era

Pai herói ou semelhança

Rei, palhaço ou então fera

Príncipe eu, destemido

Dragão cuspidor de fogo

O vilão mais que temido

Personagem de um jogo

É, pois bem... Que bom seria

E o sol em teu poente

Sem notar foi-se o dia

Mães aos berros estridentes

Porque na fase adulta,

Se esquece o faz de conta?

Um sonhar que se sepulta

Questão é o que confronta

Alegria sem igual!

Proposta e proporcionada

Esquecidas num bornal

Num poema resgatada

Voltarei a ser adulto

Meu sorriso é pontual...

Antes que gere túmulo

É me atribuam algum mal

Mais juro um dia volto

Ainda que ocasional

E quem sabe me revolto

Faço disso habitual

Samuka Souza
Enviado por Samuka Souza em 10/08/2017
Código do texto: T6080038
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