Ser Criança
Brincando de faz de conta
Ponta-pé da brincadeira
Um cavalo que se monta
Faz da tarde passageira
Bom mesmo é ser criança
Faz de conta que eu era
Pai herói ou semelhança
Rei, palhaço ou então fera
Príncipe eu, destemido
Dragão cuspidor de fogo
O vilão mais que temido
Personagem de um jogo
É, pois bem... Que bom seria
E o sol em teu poente
Sem notar foi-se o dia
Mães aos berros estridentes
Porque na fase adulta,
Se esquece o faz de conta?
Um sonhar que se sepulta
Questão é o que confronta
Alegria sem igual!
Proposta e proporcionada
Esquecidas num bornal
Num poema resgatada
Voltarei a ser adulto
Meu sorriso é pontual...
Antes que gere túmulo
É me atribuam algum mal
Mais juro um dia volto
Ainda que ocasional
E quem sabe me revolto
Faço disso habitual