Anoitecia

Adormecia no fundo das águas

Em profundos sonhos primordiais

A noite não era um tempo em nada

Era um ovo cósmico em silêncio

Despertaria de forma caótica

Lançaria energia tão branda de si

Que romperia da mesma extensão

De forma etérica com mil fontes

Infinitas ondas se faziam

Ciclos se formavam num instante

Cronologia abriu por sua gênese

E dentro do círculo o espaço

E no meio de sua entranha luz

Apartou em todas as direções

Sem cessar ao que te chocava

O véu noturno tudo cobria