Poema ao Sol

 
Lá vem ele no horizonte,
Clareando um novo dia.
Tão intensa é sua fronte
Que Deus nele viveria.

 
De manhã ele é aurora,
De tarde finge que morre.
Com a noite vai embora,
Volta quando a noite escorre.
 
As cores que o sol nascente
Empresta ao raiar do dia,
Bem como as do sol poente,
São da vida melodia.
 
Ó astro que tanto brilha
No céu e me dá calor,
Ilumina nesta trilha
A nudez do meu amor.
 
Mas o nu dessa mulher,
Numa cama de cetim,
Dá licença de aquecer
Com o sol que mora em mim.

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N. do A. – Na ilustração, nascer do sol em Caiobá, uma praia do município de Matinhos – PR, em foto do autor.

João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 02/08/2017
Reeditado em 13/03/2023
Código do texto: T6072061
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