Eu, a Caneta e a Folha
Eu, a Caneta e a Folha
Me cabe a filosofia
Ser mais eu comigo mesmo
Reta proza se fazia
Palavras na mente a esmo
Me coube uma caneta
Ali quase esquecida
No fundo de uma gaveta
De alegria já contida
Me vem a inspiração
Tão vagamente viajante
Apanhei-a com a mão
Tornei-me então dançante
Uma coisa me faltava
De certo sempre nos falta
Dançando filosofava
Um papel me fez peralta
Trajado de inspiração
Penso e depois escrevo
Pra não mais pensar em vão
Conto ao papel segredo
Cúmplice tornada a folha
Na mão e não na gaveta
Nunca uma questão de escolha
Penso eu e minha caneta