Confissões

CONFISSÕES

Por Luiz A G Rodas

Desertei verde campo

Por nós dois bem cultivado

Eu só tinha intolerância

Temia ser rejeitado

Hoje, a pena imposta

Sentença, fui condenado

Tão raivoso e desatento

Havia não, percebido

Que de valor, pérola rara

Um presente oferecido

Descartei, por inocência

Um amor preconcebido

Com imensa estupidez

Antecipei despedida

Insensível, notei não

Deixava aberta a ferida

Naquela que indefesa

Era verdade em vida

Sucessivos, os tantos erros

Me conduziram ao mal

Insensato, agi somente

Fui egoísta, unilateral

Pequei, não vi a aflição

Estampada, era tão frontal

Assim, peço perdão

Ao semelhante, você pessoa

Dotada de tanto afeto

Exemplo de gente boa

Com essência natural

Uma rainha sem coroa

Eu, andarilho bem sei

Parei em lugar nenhum

Os sentimentos ausentes

O amor em total jejum

Mero objeto reduzido

A uma coisa comum

Faltou em minha bagagem

A provisão otimismo

Eu vazio, que estranho

Pareceu hipnotismo

A falta de fé me levou

Bem à beira do abismo

Peço perdão, finalmente

Por décadas, tempo perdido

A tristeza e o sofrimento

Por não seguir o prescrito

Do alto, o Juiz Supremo

Emitiu o veredito.

Luiz Rodas
Enviado por Luiz Rodas em 08/07/2017
Reeditado em 18/07/2017
Código do texto: T6048749
Classificação de conteúdo: seguro