UM NÓ DE NÓS

Em um mar de recordações lembrar de nós me inspirou, não pesou ou assustou, não alimentou falsas esperanças ou preocupou, deixou apenas leveza.

De tudo o que vi e mentalmente revivi mostrou que tudo valeu a pena, pois se apresentou uma ótima história de duas pessoas legais que mesmo dentro de confusões interiores souberam, sobretudo, fazer o bem um ao outro. Isso tem cheiro de missão cumprida, embeleza e gera gosto de satisfação.

Então, nada mais natural do que ter lembranças saudosas de dias comuns que se tornaram especialmente únicos e se eternizaram na memória, não sendo necessário fotos ou qualquer outro registro, não precisando de testemunhas ou intervenções externas, porque sempre fomos nós comandando algo meu, algo seu e unindo em algo nosso.

Destino?

Não sei se conheço ou acredito. Eu não duvido, porém também não me importo. Não sei se vem pronto ou se modelamos com o passar do tempo, sei apenas que se existir vai em algum momento se revelar, talvez para mim ou você ou ambos.

Viver é mesmo estar imerso numa imensidão de certezas incertas, no fim, viver é se arriscar com medo, duvida e questões.

Arriscar é abraçar o risco, se lançar no incerto e poder descobrir o que esta por trás do que não se pode ver.

Nós, uma junção do eu e você, uma assustadora união, um caso do acaso, um acidente cósmico, algo capaz de passar e ficar. Nós, esse nó mal dado que formou um laço de uma vasta mistura musical e intencional, algo que só poderia acontecer mediante licença poética da vida, algo da carne, da mente e da falta de explicação. Afinal, existem coisas que não compreendemos, mas quem sabe um dia, né? Ou nunca e apenas aceitaremos como tem que ser.

O ser humano deu nome a grandes invenções, já nós… Apenas criamos algo sem nome que pode até parecer com isto ou aquilo, mas na verdade dispensa definição porque nos basta saber da existência e identificar sem rotular, e permitir ser uma dança solta e consistente.

Quando olho para frente não enxergo nada, entretanto, estou certa de que há muito a se revelar sobre este infinito sem data de fabricação e sem validade.

O futuro é mais incerto do que se pode imaginar e está cada vez mais perto. Verdade seja dita… não há mais nada a dizer, então, vamos viver! Vamos viver! Vamos Viver! Vamos viver!

Sem ficar preso as bordas, sem boiar… vamos mergulhar fundo e assim, transbordar!

Gabriela Mylena

Gabriela Mylena
Enviado por Gabriela Mylena em 07/07/2017
Código do texto: T6047839
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