Sol imaginário

 
 
Fico me juntando ao tempo,
Parados ficamos, refletindo sobre o que já não há
do mágico recanto, onde repousava a minha alma,
agora nele, há uma parede resistente.

Quando coloco a minha alma para passear,
fico com o silêncio da minha janela, aberta,

Que todas as manhãs espera o vento chegar,
Só para ver a brincadeira dele com as cortinas,
que sonha que um dia ele fique,
Ele a encanta depois vai embora prometendo voltar.

Depois entra com força o sol espalhando a sua energia
despertando, aquecendo, dando vida,
colocando para fora do quarto, os sonhos findos,
Onde cada quadrado do chão e lençóis pálidos,
transformam-se em tom vermelho paixão.
Gosto dessa festa, que é observar o mundo, gosto,
desse avermelhado sol imaginário, dessa janela real.
Daqui fico olhando frutos, restos de flores e folhas
caídos enfeitando a rua por onde caminha a alma
em seus devaneios, para a minha, distração.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 01/07/2017
Código do texto: T6042768
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