Quando o amor acaba
Hoje, quase nada mais resta
Do que um dia foi um amor.
Foram-se os olhares de festa,
Nossos olhos são mágoa e dor.
Os meus braços são tua cruz,
Pois não vens como antes tu vinhas.
O teu corpo já não me induz
O desejo que outrora eu tinha.
Assim, temos só dois caminhos:
Fingir que o amor não acaba
Ou então buscar novos ninhos,
Seguindo cada um numa estrada.
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N. do A. – Na ilustração, Homem e Mulher II de Edvard Munch (Noruega – 1863-1944).